Entenda como funciona o voto impresso
O presidente Jair Bolsonaro tem defendido o voto impresso já para as eleições de 2022, entenda a PEC 135/2019 e como funcionaria o voto impresso.
Por: Amanda Melo

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) junto com alguns deputados querem que o voto impresso seja já estabelecido nas eleições de 2022. Um sistema que é conectada a uma urna eletrônica.
A principal defesa do presidente é que as urnas eletrônicas levantam suspeitas de fraude, mesmo após 25 anos de sistema eleitoral nunca ter apresentado qualquer irregularidade.
Como funciona o voto impresso?
Desde 2000, o Brasil conta com o uso de urnas eletrônicas para a apuração de votos. Durante 25 anos, já houve tentativas de tornar como lei o voto impresso, mas não houve sucesso.
Hoje o voto no Brasil, é necessário que o eleitor digita na urna o número do candidato. Em seguida, o monitor informa o número e o nome do candidato, e o eleitor aperta em “confirma” para confirmar seu voto.
Caso a proposta do projeto do voto impresso seja aprovada em lei, não funcionará como antigamente em que o voto era escrito numa cédula de papel e depositada nas urnas.
A ideia é quando o eleitor confirmar o voto na urna eletrônica, o próprio monitor irá imprimir o registro do voto, que será depositado de forma automática em uma urna lacrada.
A PEC do voto impresso
A proposta da PEC 135/2019 criada pela deputada Bia Kicis (PSL-DF) e apresentado pelo relator deputado Felipe Barros (PSL-PR), foi rejeitada nesta quinta-feira (5) pela comissão especial da Câmera de Deputados. Foram 23 votos contrários ao parecer e 11 votos favoráveis.
Apesar da rejeição da proposta na comissão especial, de acordo com o presidente da Câmera Arthur Lira a proposta ainda seguira sendo discutida no plenário, mesmo que a expectativa do projeto fosse cessada na comissão.
Para que o voto impresso seja valido nas eleições de 2022, a proposta tem que ser aprovada até outubro. Caso seja aprovada o TSE terá que implementar o sistema já para as próximas eleições.
Para o presidente do TSE, Luís Barroso, o voto impresso se torna menos seguro porque ainda precisa ser transportado e o mesmo ainda pode apresentar defeitos na impressão.
“Estamos falando de 150 milhões de votos. Há regiões com milícias, roubo de cargos. Transportar votos, armazenar votos. Isso é um filme de terror: Porque, além disso tudo, tem que recontar os votos”
Somando a isso, ainda o Governo Federal traria um gasto de R$ 2,5 bilhões de reais, para adquirir as novas urnas, já que todos os equipamentos no país teriam que ser trocados.
“Se ar, teremos de fazer uma licitação para comprar as urnas. Não é procedimento banal, não é fácil. O tribunal tem boa fé e vai tentar cumprir, se for essa decisão, que eu torço para que não venha, mas, se vier, vamos tentar cumprir (em 2022)”, disse o presidente do Tribunal, Luís Barroso.
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